domingo, 29 de junho de 2014

Trabalhos dos 3º anos Osvaldo Aranha

Senti falta de alguns alunos em trabalhos,não fizeram por que?

Notas dos trabalhos 3º anos Osvaldo Aranha

Caros alunos,
Colocarei apenas 1 nome de participantes do grupo o resto subentenda que receberam a nota

3° 1
Mauricio Vieira 7.0
Ana Carolina Bauer 8,5
karla Fernandes 6,0
Gilberta 9,0
Kathleen Oliveira 9,0
Ruan Carlos 7,5
Giovanna Carneiro 7,0
Richelle 7,5

3º 2
Gabriela Banruque 7,5
Daiane 10,0
Lucas e Victor 8,5
Gabriel Miranda 7,0

3°3
Djansen 10,0
Ruan Carlos 7,5
Gabrielli Ranzan 7,0

segunda-feira, 9 de junho de 2014

EXERCÍCIOS SOBRE LOCALIZAÇÃO PARA 6 º ANOS


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1) O que é uma bússola e como funciona?
2) Quantos e quais são os pontos subcolaterais?
3) Qual é o resultado da soma dos pontos cardeais,colaterais e subcolaterais?
4) Onde fica o Polo magnético da Terra?
5) Como nos orientamos pelo Cruzeiro do Sul?
6) Como nos orientamos pelos pontos de referência?
7) Quantos e quais são os pontos colaterais?
8) Em qual direção da rosa-dos-ventos nasce a Lua?
9) Quais são os pontos de orientação segundo a orientação comum?
10) Quantos e quais são os pontos cardeais?

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Exercicios localização geográfica para os 1º anos


Utilizando o mapa abaixo, responda:



  1. Identifique a latitude e a longitude dos pontos:

A: ______________.
B: ______________.
C: ______________.
D: ______________.
E: ______________.
G: ______________.
F: ______________.
H: ______________.

2) Complete as lacunas abaixo:

a) O ponto A encontra-se no continente ____________________________________.
b) O ponto B encontra-se no oceano ____________________________________.
c) O ponto C encontra-se no hemisfério norte ou sul? _____________________________.
d) O ponto D encontra-se no hemisfério oriental ou ocidental?_______________________.
e) O ponto E encontra-se no continente_____________________________.
f) O ponto F encontra-se no hemisfério norte ou sul? _____________________________.
g) O ponto G encontra-se no oceano_____________________________.
h) O ponto H encontra-se na linha do Equador ou no Trópico de Capricórnio? _________________.
i) O ponto G encontra-se no oceano no hemisfério leste ou oeste​?_____________________.
j) O ponto J encontra-se na Linha Internacional da Data ou no Meridiano de Greenwich?____________________________________.

3) Desenhe e complete a rosa dos ventos abaixo identificando os pontos cardeais e colaterais.



4Marque como verdadeiro ou falso as afirmações abaixo:

( ) No Hemisfério Sul para orientar-se durante a noite é possível utilizar como referencial as estrelas da Constelação do Cruzeiro do Sul.
( ) O Sol é o referencial para a orientação do ponto cardeal leste. Assim onde o Sol nasce é o oriente, e onde o Sol se põe é o ocidente.
( ) O Trópico de Capricórnio encontra-se no Hemisfério Norte.
( ) O Círculo Polar Ártico encontra-se próximo ao Polo Sul, enquanto o Círculo Polar Antártico encontra-se próximo ao Polo Norte.
( ) De acordo com a tradição o Polo Norte é a morada do Papai Noel, enquanto que o Polo Sul é a terra dos pinguins.

5) Relacione as colunas abaixo:
(A) Paralelos
(B) Meridiano
(C) Latitude
(D) Longitude
(E) Antípodas

( ) São linhas imaginárias que cortam o planeta no sentido vertical, e essas principais coordenadas são o Meridiano de Greenwich (0º) a Linha Internacional da Data (180º).
( ) São linhas imaginárias que cortam o planeta no sentido horizontal, e as principais coordenadas são o Equador (0º), o Trópico de Câncer (23º N), o Trópico de Capricórnio (23º S), o Círculo Polar Ártico (66º N) e o Círculo Polar Antártico (66º S).
( ) É a distância de qualquer ponto da superfície da Terra em relação ao Equador.
( ) É a distância de qualquer ponto da superfície da Terra em relação ao Meridiano de Greenwich.
( ) São dois pontos na superfície terrestre que estão em diâmetros opostos, como o Brasil e as Filipinas ou a Espanha e a Nova Zelândia.


Bons estudos


1 Questão: Observe o mapa abaixo e indique o nome do continente que se localiza:




a) A oeste da Europa
----------------------------------------------------------------------
b) A leste da Europa
---------------------------------------------------------------------
c) Ao sul da Europa
--------------------------------------------------------------------


2 Questão: (Questção somatória) A localização de qualquer ponto sobre a superfície da Terra e a determinação da hora envolvem o conhecimento dos círculos terrestres, das coordenadas geográficas, dos fusos horários e da orientação. Sobre o tema, assinale o que for correto.

01) A hora local é dada pela passagem do Sol pelo meridiano de um lugar, enquanto a hora legal é baseada nos fusos horários que são em número de vinte e quatro.

02) A orientação no espaço geográfico pode ser feita pela utilização direta dos astros como o Sol, a Lua e as estrelas, ou pela utilização de instrumentos como o GPS e a bússola.

04) A orientação feita através dos mapas leva, em consideração: a seta indicativa da direção dada ao lado do mapa, as coordenadas geográficas (paralelos e meridianos), as convenções cartográficas e o uso da escala que possibilita calcular as distâncias.

08) As coordenadas geográficas são determinadas pelo cruzamento dos paralelos e meridianos. As longitudes correspondem às distâncias em graus que vão de um paralelo a outro e são contadas a partir do Equador, enquanto que, as latitudes correspondem às distâncias em graus que vão de um meridiano a outro, iniciando-se pelo de Greenwich.

16) A orientação, no sentido amplo, significa determinar pontos no horizonte que são representados numa figura denominada rosa-dos-ventos onde estão representados os pontos cardeais (N, S, E e O), pontos colaterais (NE, SE, SO e NO) e pontos subcolaterais (NNE, ENE, ESE, SSE, SSO, OSO, ONO e NNO).


Resposta: o total é________________

3 Questão:(UFRN) Analise a figura abaixo e assinale a opção que corresponde, respectivamente, às coordenadas geográficas dos pontos X e Z.




a) 60º de Latitude Sul         30º de Latitude Sul
    15º de Longitude Oeste  90º de Longitude Leste

b) 15º de Latitude Norte   90º de Latitude Norte
    60º de Longitude Leste 30º de Longitude Oeste

c) 60º de Latitude Norte   30º de Latitude Norte
    15º de Longitude Leste 90º de Longitude Oeste

d) 15º de Latitude Sul        90º de Latitude Sul
    60º de Longitude Oeste 30° de Longitude Leste


4 Questão: 

5 Questão:(PUC-PR) Sobre a orientação, pode-se afirmar corretamente: 

a) O espaço entre o sudeste e o noroeste tem dois pontos cardeais, dois pontos colaterais e cinco subcolaterais, partindo de qualquer direção. 
b) A representação gráfica da orientação é feita através das coordenadas geográficas. 
c) A distância sudoeste-sudeste é de 180°. 
d) A distância leste-oeste é de 180°. 
e) O espaço entre o ponto colateral noroeste e o ponto colateral sudeste, sentido horário, tem dois pontos colaterais e seis pontos subcolaterais. 


6 Questão:(PUC-RS) Responder à questão com base no gráfico, que representa parte das coordenadas geográficas


A direção do ponto C em relação ao ponto A é 
a) Sul – Sudoeste
b) Oeste
c) Sudeste
d) Leste – Sudeste
e) Sudoeste

7 Questão:(PUC-RS) Responder à questão com base no gráfico, que representa parte das coordenadas geográficas

As coordenadas geográficas dos pontos A e C são, respectivamente,

a) 2º de latitude Sul e 4º de longitude Leste / 4º e 30’ de latitude Sul e 2º de longitude Leste.

b) 4º de latitude Leste e 2º de longitude Sul / 2º de latitude Leste e 3º e 30’ de longitude Norte.

c) 2º de latitude Sul e 4º de longitude Leste / 3º e 30’ de latitude Sul e 2º de longitude Leste.

d) 2º de longitude Leste e 4º de latitude Norte / 3º e 30’ de longitude Leste e 2º de latitude Norte.
e) 4º de longitude Oeste e 2º de latitude Norte / 2º de longitude Oeste e 4º e 30’ de latitude Norte.


8 Questão:(UFPB) ANALISANDO A FIGURA
Considere as afirmativas:

I. Os pontos A e B localizam-se no hemisfério ocidental.
II.Os pontos B e C localizam-se no hemisfério boreal.
III. Os pontos A e D localizam-se no hemisfério austral.
IV. Os pontos C e D localizam-se no hemisfério oriental.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I e IV
b) apenas II e III
c) apenas I e III 
d) apenas II e IV 
e) todas

Exercícios sobre Sul e sudeste asiáticos

Questões:

01. Milhares de pessoas chegam anualmente a Benares para purificar seu espírito nas águas do rio sagrado. Durante as cheias, suas águas depositam grande quantidade de limo nas margens, fazendo com que as terras cortadas pelo rio sagrado sejam talvez, as mais férteis do mundo, concentrando-se aí cerca de 150 milhões de pessoas cuja maioria vive de agricultura e, portanto, do benefício direto e indireto do sagrado rio.

Entre as alternativas abaixo, o texto melhor se aplica ao rio e ao país:
                                
a) Tigre, Irã.
b) Ganges, Índia.
c) Meckong, Vietnã.
d) Eufrates, Iraque.
e) Indo, Paquistão


02. Um taxista, no começo da madrugada, viu um submarino norte-coreano encalhado numa região próxima à capital, Seul. Forças de segurança foram acionadas. Mortes misteriosas, acusações e ameaças de interrupção de ajuda humanitária à Coréia do Norte, que tenta e eventualmente consegue (isso se especula) infiltrar espiões no vizinho do sul. O governo de Piongiang negou acusações. A tensão aumentou na fronteira.

O texto retrata um episódio na história de animosidades entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul. A imprensa praticamente não utiliza mais a expressão Guerra fria. Diferencie as duas “Coréias” do ponto de vista humano e econômico.


03. Aponte a justificativa mais plausível para os investimentos multinacionais na Índia e as questões religiosas que tornaram sua grande população um restrito mercado consumidor.


04. (UNIP) A Ásia Monçônica, o litoral do Japão e a Planície Chinesa, são áreas da Ásia que têm em comum:

a) a forte concentração industrial;
b) a grande exploração de petróleo;
c) o intenso aproveitamento de riquezas minerais;
d) a alta densidade populacional;
e) uma economia exclusivamente agrícola.


05. (GV) Ventos que sopram de Outubro a Março do continente para o oceano, e no sentido contrário de abril a setembro, carregados de umidade, marcam, de forma contrastante, o regime de chuvas:

a) no trecho equatorial da América do Sul;
b) na costa ocidental da África;
c) no litoral do Pacífico, América do Norte;
d) no Atlântico Norte, entre EUA e Canadá;
e) na Ásia de Sudeste.


06. (OSEC) Grande densidade da população obrigando a plantar em pequenos espaços, a fim de que estes produzam muito, com presença de mão-de-obra abundante, caracterizam a agricultura:

a) rotativa na Europa Ocidental
b) de jardinagem na Ásia Meridional
c) mecanizada nos estados Unidos
d) de plantation na América Central
e) de subsistência da América Latina


07. (UnB) São características da economia indiana, EXCETO:

a) Mercado interno com elevado poder aquisitivo.
b) Predominância de indústria têxtil.
c) Grande produção de energia.
d) Variados e abundantes recursos naturais.
e) Baixa produção de bens de consumo.
f) Parcial controle do Estado sobre a economia.
g) Predominância da agricultura.
h) Produção agrícola insuficiente.


08. (OSEC) As áreas monçônicas caracterizam-se por:

a) apresentarem  duas estações, uma seca e outra chuvosa, correspondendo respectivamente ao verão e ao inverno;
b) serem permanentemente chuvosas, com totais pluviométricos inferiores a 1 500 mm;
c) apresentarem estação seca correspondente  ao inverno astronômico;
d) apresentarem estação chuvosa correspondente ao inverno astronômico;
e) serem permanentemente chuvosas, com totais pluviométricos superiores a 1 500 mm.


09. (PUC) A Índia é um país:

a) de mais de 800 milhões de habitantes, bramanista e de alto PNB/habitante;
b) da Ásia Meridional, monçônico e grande produtor de algodão;
c) planáltico, de baixa renda per capita e de altas latitudes;
d) da Comunidade Britânica de Nações, rico em petróleo e de grande densidade demográfica;
e) do Hemisfério Norte, socialista e grande produtor de arroz.


10. A concentração das chuvas em alguns meses do ano, em Bombaim, é causada:

a) pelo degelo da neve do Himalaia;
b) pelas monções de verão, vindas do Oceano Índico;
c) pelas fortes temperaturas que provocam intensa evaporação;
d) pela alternância entre massas equatoriais e polares na região;
e) pela escarpa oriental do Planalto de Decã junto ao litoral, que facilita  a precipitação pluvial.
 

Para os 2º anos Osvaldo Aranha industrialização na Índia

Índia: infraestrutura e aceleração da industrialização

India tenta industrialização acelerada
(clique sobre a tabela para ampliá-la)
por Sérgio Lamucci (Do Valor Econômico de 14/03/2012, aqui)
Símbolo de sucesso no setor de serviços, a Índia joga seu futuro no fortalecimento da indústria manufatureira, que desde 1980 tem peso de apenas 15% a 16% no Produto Interno Bruto (PIB). Com 1,2 bilhão de habitantes, o país aposta na expansão mais forte da manufatura para absorver uma parcela maior do volume gigantesco de mão de obra que deve entrar no mercado de trabalho nos próximos 15 anos, algo como 250 milhões de pessoas. Sozinho, o setor de serviços não dará conta dessa tarefa.
Gargalos de infraestrutura, rigidez do mercado de trabalho e um ambiente hostil aos negócios são três grandes entraves a um avanço mais firme da indústria. Economistas do setor privado e do governo mostram confiança em relação às perspectivas do investimento em infraestrutura, mas são céticos quanto à possibilidade de grandes mudanças na legislação trabalhista e na burocracia indiana, uma vez que o país perdeu o ímpeto reformista nos últimos anos.
  
“É absolutamente necessário acelerar o ritmo de crescimento do setor manufatureiro para criar mais empregos”, admite Kaushik Basu, conselheiro econômico-chefe do Ministério das Finanças da Índia. Segundo ele, é preciso que o setor cresça pelo menos 12% ao ano, um desafio nada desprezível, já que, nos últimos 15 anos, a taxa média de expansão anual ficou em 6,6%. Nos anos anteriores à crise de 2008, porém, o segmento avançou um ritmo de dois dígitos.
A prévia do 12º Plano Quinquenal, que traça diretrizes para o período de 2012-2017, aponta para uma meta de crescimento de médio e longo prazo de 12% a 14% ao ano para o setor manufatureiro. No ano fiscal de 2011/2012 (que começa em abril de um ano e termina em março do ano seguinte), a expansão deve ficar em apenas 3,9%, bem abaixo dos 7,6% do ano anterior. A desaceleração da demanda doméstica, os juros mais altos, os custos de produção maiores e a perda de fôlego das exportações explicam esse fraco desempenho, diz a analista-sênior para a Ásia da Economist Intelligence Unit (EIU), Anjalika Bardalai.
Em 2011/2012, a perda de fôlego da economia indiana foi generalizada, mas foi mais acentuada na indústria. O crescimento do PIB total deve ficar na casa de 7%, inferior aos 8,4% de 2010/2011. Isso reflete o aperto monetário promovido pelo banco central indiano, para combater uma inflação que chegou a dois dígitos, e o impacto sobre o investimento causado pela deterioração do cenário externo, com o agravamento da crise europeia. Para 2012/2013, a expectativa dos analistas é de crescimento próximo ao deste ano, ou um pouco maior. O banco central deve cortar os juros básicos, uma vez que a inflação começa a ceder, e o investimento deve ter alguma retomada.
O que mais preocupa os economistas em relação ao setor, contudo, são as fragilidades estruturais da economia indiana, e não percalços conjunturais. Shankar Acharya, do Conselho Indiano de Pesquisa sobre Relações Econômicas Internacionais e ex-conselheiro econômico-chefe do governo, observa que o país não consegue se sobressair em setores como têxtil e vestuário, justamente aqueles nos quais a Índia teria vantagens naturais, dada a abundância de mão de obra barata. Já em segmentos como o automobilístico e o farmacêutico, o país vai bem.
Diretor do Instituto Nacional de Finanças e Políticas Públicas (NIPFP, na sigla em inglês), M. Govinda Rao vê na rigidez do mercado de trabalho um grande obstáculo ao crescimento do setor manufatureiro indiano. Empresas com cem ou mais empregados, por exemplo, precisam pedir permissão ao governo para demitir. “Há um tremendo incentivo para as companhias continuarem informais”, diz Rao, membro do Conselho de Assessoramento Econômico do primeiro-ministro. Com isso, não ganham escala.
Acharya considera o mercado de trabalho pouco flexível como um dos fatores que impedem o desenvolvimento das atividades manufatureiras mais intensivas em trabalho. Com o aumento dos salários na China, há alguma migração de empresas têxteis, de vestuário e de couro para países como Vietnã e Bangladesh, mas não para a Índia, nota ele. “Enquanto o setor manufatureiro representa 15% ou 16% do PIB na Índia, na China esse número está na casa de 33%.” No Brasil, a indústria de transformação terminou 2011 respondendo por 14,6% do PIB.
Os entraves governamentais para o setor privado também atrapalham, destaca Rao. No relatório “Doing Business”, do Banco Mundial, um termômetro sobre a facilidade para fazer negócios, a Índia aparece num longínquo 132º lugar, seis posições atrás do Brasil, numa lista de 183 países. No quesito cumprimento de contratos, o país consegue a façanha de ocupar o penúltimo lugar; na concessão de álvaras para a construção, aparece em antepenúltimo.
O país também vai mal na infraestrutura, especialmente em energia e transportes, segundo Rao. A questão do fornecimento de energia elétrica é crítica. Grandes companhias têm como bancar a construção de geradoras próprias, o que não é o caso das de menor porte, como diz Montek Ahluwalia, braço direito do primeiro-ministro para assuntos econômicos e chefe da Comissão de Planejamento indiana (leia entrevista abaixo). Mesmo para as maiores empresas, é um custo adicional.
Dos três grandes obstáculos à expansão do setor manufatureiro, os economistas depositam mais esperanças na resolução dos gargalos de infraestrutura. O país conta com uma taxa de investimento elevada, com a formação bruta de capital fixo (medida do que se investe na construção civil e em máquinas e equipamentos) equivalendo a pouco mais de 29% do PIB. Isso é menos que os quase 33% do ano fiscal de 2007/2008, mas um número ainda expressivo, que deve voltar a crescer. No Brasil, é inferior a 20%. “A taxa é alta e o investimento em infraestrutura tem crescido mais rápido que o investimento em geral”, diz Basu. “Acredito que veremos grandes melhoras nesse front nos próximos anos.”
Mudanças na legislação trabalhista e a melhora do ambiente para negócios parecem mais complicadas. Depois de fazer reformas importantes nos anos 90, como a liberalização do comércio e do investimento estrangeiro, o país tem mostrado um apetite reformista bem menos ambicioso. As dificuldades políticas do governo Singh, sustentado por uma coalizão heterogênea, dificultam avanços nessa direção. No fim de 2011, o governo anunciou a abertura do setor de supermercados para o investimento estrangeiro, mas recuou depois de protestos, inclusive de aliados.
Em outubro de 2011, porém, o gabinete indiano aprovou a Política Nacional Manufatureira, que tem entre suas prioridades reduzir a burocracia para esse setor. Já em fase de implementação, o projeto prevê o aumento da fatia da indústria dos atuais 15% do PIB para 25% do PIB em 2022. “Fizemos progresso razoável na questão de racionalização e simplificação de regulações de negócios que exigiam instruções a serem emitidas pelos ministérios”, diz Anjali Prasad, secretária-adjunta do Ministério do Comércio e da Indústria. “Nós também pedimos aos governos estaduais para identificar locais para as Zonas Nacionais de Investimento e Manufatura [um dos pontos de destaque da política].”
Nos últimos anos, o motor do crescimento indiano tem sido o setor de serviços, que avança a taxas próximas a 10% ao ano, mesmo depois da crise de 2008. O segmento de tecnologia da informação vai bastante bem, e o país aproveitou o fato de uma parcela expressiva da população falar inglês, beneficiando-se da terceirização de atividades de outros países. O ponto é que esse segmento não será capaz de gerar todos os empregos que o país precisa, como reconhecem Basu, Ahluwalia, Rao e Acharya.
Ainda que continue a crescer com vigor, o setor de serviços não vai absorver os 250 milhões de pessoas que deverão se juntar à força de trabalho nos próximos 15 anos, como destaca a prévia do 12º Plano Quinquenal. “A não ser que o setor manufatureiro se torne um motor do crescimento, provendo pelo menos 100 milhões de empregos decentes adicionais, será difícil para a expansão na Índia ser inclusiva”, diz o documento.
O país tem ainda quase 70% da população no campo, em atividades de baixa produtividade, como nota o economista-chefe do setor de integração e comércio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Mauricio Mesquita Moreira, que tem estudado a economia indiana. Para a migração para as cidades ser bem sucedida, um setor manufatureiro pujante, em segmentos que empregam muito, será crucial, resume ele.
Infraestrutura é problema crucial a ser enfrentado
por Ségio Lamucci (Do Valor de 14/03/2012, aqui)
Principal asssessor do primeiro-ministro Manmohan Singh para assuntos econômicos, Montek Ahluwalia vê os gargalos de infraestrutura como um dos problemas cruciais a serem enfrentados pelo país, mais importante para o desenvolvimento do setor manufatureiro do que o mercado de trabalho rígido ou os entraves burocráticos para fazer negócios. Se resolvidos os problemas de infraestrutura, a Índia dará um grande passo para conseguir crescer a taxa mais robustas, acredita ele, desde 2004 à frente da Comissão de Planejamento, a instituição encarregada de elaborar os Planos Quinquenais indianos. Herança do passado intervencionista da economia da Índia, a comissão defende hoje propostas modernizantes.
“A nossa infraestrutura era adequada para um crescimento de 6%, mas agora nós estamos em transição para um crescimento de 9%. Para ter uma infraestrutura adequada para um ritmo de 9%, nós precisaríamos ter planejado com 15 anos de antecedência”, diz Ahluwalia, que também destaca o setor manufatureiro como vital para a Índia. “Não é lógico para a Índia abrir mão do setor manufatureiro, do mesmo modo como não é lógico para o Brasil.” A seguir, os principais trechos da entrevista.
Valor: No ano fiscal de 2011/2012, a Índia vai crescer algo como 7%, abaixo dos 8,4% do ano anterior. O crescimento vai acelerar em 2012/2013?
Ahluwalia : Eu acredito que nós devemos conseguir um crescimento superior a 7%. O impulso internacional para o crescimento será mais fraco, não há dúvida a esse respeito, mas o crescimento da Índia tem sido em grande parte contido por questões de oferta. Se nós nos livrarmos das restrições de oferta que atrapalham a expansão doméstica, o investimento deverá reagir. A estratégia que nós devemos ter é recuperar o investimento doméstico, baseado no fato de que o crescimento potencial geral é bastante bom. Mas, para atingi-lo, temos que superar algumas restrições de oferta, como na área de energia elétrica. Acho que o governo está tentando fazer isso.
Valor: Como a Índia foi afetada pela piora do cenário externo na segunda metade de 2011, e como tem sido afetada pelo quadro internacional?
Ahluwalia : É difícil dizer o quanto se deve a restrições domésticas de oferta e o quanto à deterioração do cenário externo. O ano passado foi um ano excepcionalmente fraco para a economia global, muito mais fraco do que se imaginava. Eu tenho certeza de que isso teve um impacto negativo sobre a Índia, por meio de exportações mais fracas. Houve também um impacto indireto sobre o espírito animal dos empresários. Nós somos hoje uma economia muito mais aberta. Os investidores olham o que está ocorrendo globalmente. Quando eles notam que há muita incerteza global, isso impacta o investimento na Índia. As pessoas adiam os seus planos de investimento. Acho que as duas coisas ocorreram, tanto os fatores internos como globais.
Valor: O déficit público indiano é muito alto, na casa de 8% do PIB. Por que é tão alto?
Ahluwalia : Nós ainda não temos o número de 2011/2012. No passado, o déficit dos Estados era de cerca de 2,5% do PIB. O alvo para o déficit do governo central era de 4,6% do PIB para este ano, mas o ministro das Finanças tem dito que ele deve ter superado esse valor. Nós não sabemos exatamente em quanto vai exceder, mas eu diria que algo entre 8% e 8,5% do PIB é bastante possível. Para o governo central, o principal fator é a desaceleração do crescimento, o que leva à perda de receitas de impostos. A carga tributária caiu. Além disso, nós promovemos algumas desonerações tributárias imediatamente após a crise, para estimular a economia. Houve também um crescimento de alguns subsídios, porque nós não conseguimos ajustar os preços domésticos em linha com os preços globais de energia, por exemplo.
Valor: Na abordagem para o 12º Plano, há uma indicação de uma meta de 9% para 2012 a 2017. Não é muito ambiciosa, dado o cenário global para os próximos anos?
Ahluwalia : Essa meta foi fixada em junho de 2011, antes de a força da crise europeia ficar evidente. Num certo sentido, as incertezas globais diminuíram. Comparado à situação de dois meses atrás, quando muitas pessoas pensavam que o euro não poderia sobreviver, acho que as pessoas não estavam pensando nisso. Ao mesmo tempo, a recuperação do crescimento global não parece próxima. O cenário global está definitivamente mais negativo do que há um ano. Nós devemos reduzir a meta de 9%? Ainda não tomamos uma decisão. Quando se define um alvo, há sempre um certo grau de probabilidade. Eu concordo que 9% hoje é mais difícil do que 9% era há um ano. Se formos reduzir a meta, a redução lógica seria para 8,5%. É importante enfatizar que ninguém espera que o ano que vem seja tão bom, mas estamos falando de um período de cinco anos. Assumindo que no próximo ano não vai ser tão bom, nem o outro vai ser tão bom, a pergunta é o que vai ocorrer nos últimos três anos. Muitos dos problemas que nós vemos hoje podem ser superados nos próximos 18 meses. A questão é se poderemos ter um crescimento mais forte maior que 9% nos últimos três anos. Nós fizemos isso no passado. Antes de 2008, houve períodos em que a economia cresceu mais de 9%, mas eu concordo que é difícil.
Valor: Por que o desemprego na Índia é tão alto? Eu sei que o desemprego na Índia é muito difícil de ser calculado, mas os números apontam algo na casa de 10%.
Ahluwalia : São números muito dúbios. O desemprego é muito difícil de medir num país como a Índia, simplesmente porque as pessoas são muito pobres para ficar desempregadas. Se você pergunta “Você está fazendo algo?”, as pessoas costumam fazer alguma coisa. O que você precisa é de uma medida de qualidade do emprego. Eu concordo, porém, que nós não produzimos empregos de boa qualidade como deveríamos ter produzido. A questão mais importante é a qualidade do emprego, mas não o desemprego aberto.
Valor: O setor manufatureiro na Índia tem mostrado um desempenho pior do que o esperado. O que explica isso?
Ahluwalia : Há vários fatores que influenciam aí. Eu concordo que o desempenho do setor manufatureiro tem sido um pouco decepcionante, principalmente nos bens manufaturados mais simples, que são mais intensivos em trabalho. É o que a China fez extremamente bem nos primeiros estágios de sua industrialização, e nós não fizemos tão bem. Nós fomos melhor em produtos manufaturados mais elaborados. Muita gente acha que o mercado de trabalho é um problema, mas esse é um tema controverso na Índia. Se você gosta da visão dos economistas liberais, ela diz que o mercado de trabalho é altamente distorcido, altamente rígido. Outros dizem que há outros fatores que são mais importantes, como o acesso ao crédito para pequenas e médias empresas. Muita gente vai dizer que a falta de infraestrutura é um grande problema. Uma grande empresa pode ter uma geradora de energia própria, mas se você é uma pequena ou média empresa, há problemas. Há também questões sobre a facilidade de fazer negócios. Pequenos empresários frequentemente acham difícil cumprir as regulações governamentais, muitas delas ligadas aos Estados. A minha visão pessoal é que a reforma trabalhista é necessária, mas muito mais importante é ter uma infraestrutura melhor.
Valor: O setor manufatureiro é estratégico para a Índia porque o setor de serviços não será capaz de gerar os empregos necessários para os próximos anos?
Ahluwalia : Acho que isso é verdade. Uma economia neste estágio de desenvolvimento deveria promover uma grande expansão em bens manufaturados relativamente simples. Isso facilita mudar a força de trabalho rural da agricultura para o setor manufatureiro. Nós precisamos melhorar nisso.
Valor: O ex-ministro brasileiro Antonio Delfim Netto diz que o Brasil não deve aceitar a nova divisão internacional do trabalho, pela qual a China fica com a indústria, a Índia, com os serviços, e o Brasil, com agricultura e mineração. Isso é válido também para a Índia, que não deveria aceitar apenas ficar com serviços?
Ahluwalia : Acho que sim. Eu estou feliz que nós tenhamos feito o que fizemos com os serviços. É uma exploração natural de uma vantagem comparativa, se você tem um número razoável de pessoas educadas, que sabem inglês etc. Mas há um limite para isso. Não é lógico para a Índia abrir mão do setor manufatureiro, do mesmo modo que não é lógico para o Brasil. O Brasil tem empresas manufatureiras de primeira classe. Vocês produzem jatos da Embraer, que nós usamos na Índia. Se o Brasil pode produzir jatos da Embraer, por que não pode produzir outras coisas?
Valor: Todos os economistas apontam os gargalos de infraestrutura como um obstáculo importante para o crescimento, apesar da taxa elevada de investimento. Eles estão sendo enfrentados?
Ahluwalia : Eles precisam ser enfrentados nos próximos anos, e nós temos enfrentado esses problemas, no sentido de que, quando fizemos o 11 Plano (para 2006 a 2011), a nossa análise já era de que a infraestrutura era uma restrição importante. Em 2006/2007, o investimento em infraestrutura como proporção do PIB estava em 5,7% do PIB, e o plano era chegar ao último ano do plano em 8% do PIB. Acho que não chegou a 8% do PIB, mas deve ter superado 7% do PIB. Isso tem que aumentar mais, superando 9% do PIB no fim dos próximos cinco anos. Nos países que cresceram rapidamente, como a China, o investimento em infraestrutura é superior a 10% do PIB. Em 1980, as ferrovias indianas eram comparáveis às chinesas em questões como níveis de tecnologia. Nos últimos 20 anos, porém, a China fez avanços tremendos. Nós precisamos fazer o mesmo. Estamos 20 anos atrás nesses assuntos.
Valor: Muitos analistas dizem que países como Brasil e Índia só reformam em crises. O sr. concorda?
Ahluwalia : Há alguma verdade nisso. Mas nós começamos as nossas reformas em 1991, no meio de uma crise, e não é verdade que, assim que a crise parou, nós as paralisamos. Nós continuamos com as reformas. Mas, num sistema democrático, em que o governo é de coalizão, muitos esforços acabam paralisados. A questão da permissão para o investimento estrangeiro em supermercados é um exemplo disso. O governo anunciou que ia promover a mudança, mas colocou a medida em espera, porque um de nossos aliados disse que não havia sido consultado sobre o assunto. E acho que na Índia há um pouco de complacência demais. Antes da crise em 2008, por cinco anos, a Índia cresceu a taxas próximas de 9%. Um ano depois, o ritmo de expansão caiu para 6,7%, mas no ano seguinte voltou para 8,4%. Muitos dos meus amigos empresários diziam “Nós agora decolamos, a Índia vai crescer 9% independentemente do que vocês fizerem”. Acho que eles começaram a perceber que isso não é verdade. Nós realmente temos um setor privado muito forte, mas algumas coisas se tornam restrições importantes, e o governo então precisa resolver o problema. E agora esses empresários estão dizendo que nós não estamos fazendo nenhuma reforma. Mas os mesmos sujeitos diziam há dois anos que não importa o que vocês façam nós vamos crescer. Um ponto importante é que parte do problema não é a fadiga de reformas, mas o fato de que globalmente nenhum governo está numa posição de tomar decisões fortes. Há muita incerteza em toda parte. O nosso próprio processo político não é muito diferente do que ocorre na Europa, nos Estados Unidos.
Valor: Quais são os grandes desafios da Índia?
Ahluwalia : Nós somos um país de 1,2 bilhão de habitantes, democrático, muito mais pobre do que a China e o Brasil, muito heterogêneo. As diferenças da Índia são provavelmente tão grandes quanto as diferenças da Europa como um todo. Há diferenças de riqueza entre as regiões, há diferenças culturais. Nós temos alguns trunfos importantes, como a taxa de poupança e a taxa de investimento elevadas, um bom setor privado e empreendedor, um grau razoável de educação, ainda que nós tenhamos que melhorar aí. Mas, para a Índia, a infraestrutura é de fato um grande problema. Nós não investimos o suficiente. A nossa infraestrutura era adequada para um crescimento de 6%, mas agora nós estamos em transição para um crescimento de 9%. Para ter uma infraestrutura adequada para um ritmo de 9%, nós precisaríamos ter planejado com 15 anos de antecedência.
Breve comentário do blogueiro:
A matéria do repórter segue uma interpretação abertamente neoliberal (sua mais gritante manifestação aparece na crítica aos obstáculos que o governo impõe às grandes empresas indianas para a dispensa da mão de obra). A entrevista com o assessor do primeiro ministro demostra que os policy makers indianos estão bastante distantes do pensamento neoliberal (a ver a ênfase que o citado assessor põe nos investimentos em infraestrutura, muito mais que numa reforma da legislação trabalhista).
Aliás, não seria a dita rigidez no mercado de trabalho indiano uma herança do que o marxismo de outrora chamou de modo de produção asiático? (Sim,  marxismo de outrora, já que todo o esforço para a recuperação desta categoria até agora não parece ter sido suficiente para sua reabilitação no interior do pensamento marxista).